Palestrantes no último Ciberdebates de 2011. Foto: Bárbara Sena |
Nesta
terça-feira, 29 de novembro, aconteceu o último Ciberdebates do ano de 2011,
que trouxe como tema as novas rotinas produtivas dos jornalistas após a
consolidação da internet do âmbito da comunicação. Os palestrantes escolhidos
pela equipe organizadora foram Raone Saraiva, jornalista recém-formado pela Unifor, Daniel Praciano, jornalista do Diário do Nordeste e Cláudio Ribeiro, do jornal O Povo. O evento aconteceu pela manhã, no auditório da
Biblioteca da Unifor
Durante
o debate, foram expostas as novas formas de produzir informação e de se
registrar os fatos com mais imediatismo: através de telefones com câmeras,
vídeos, cobertura em tempo real nas redes sociais, bem como esclarecer se há,
realmente uma oposição entre o jornalista que vai para a rua, mantendo contato
direto e pessoal com as fontes e com o fato que está cobrindo, e o jornalista “sentado”,
que se pauta por textos de internet, que lida com as fontes por telefone ou por
redes sociais, ou seja, que agrega informações à sua notícia de uma outra
forma.
Foto: Bárbara Sena |
Foto: Bárbara Sena |
Foto: Bárbara Sena |
Por último, foi a vez do jornalista Daniel Praciano, do Diário do Nordeste, de expor as suas impressões sobre o assunto. Na ocasião, ele falou sobre o significado de jornalista sentado, que é um termo francês designado para identificar um jornalismo mais orientado ao tratamento (formatação de textos de outros jornalistas, gênero editorial ou comentário), além de frisar que a internet não foi a responsável pela entronização de um jornalismo sentado, lembrando que algumas funções exercidas pelos jornalistas dentro das redações convencionais já eram utilizadas na internet: em meados dos anos 90, quando o jornalismo online começava a tomar forma, o texto da versão impressa era “colado” na rede, sem passar por nenhum tipo de alteração.
Daniel
ainda destacou que o jornalismo online foi crescendo e adquirindo cada vez mais
espaço nos últimos anos, formando equipes tão grandes quanto as de redações de
jornais. Praciano também concorda que não deve haver oposição entre as duas
formas de fazer jornalismo, pelo contrário, elas devem se completar, “Leiam
bastante, tenham um caderninho de fontes, porque elas fazem a história ficar
mais rica, e história sem personagem fica mais parecida com relatório”,
finalizou.
O Ciberdebates é um
projeto da disciplina Oficina em Jornalismo, ministrada pelas professoras Joana
Dutra e Adriana Santiago, e traz a proposta de discutir o Jornalismo relacionado
às novas tecnologias. Aguardem os novos debates que virão em 2012.1. Até lá!
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