A
Economia da Atenção esteve em discussão nessa quinta-feira, 13, no Ciberdebates
2014.2. A disputa pela atenção do usuário na internet, as melhores formas para
conquistar esse público, como ser um bom estrategista com a publicidade nas
redes, pesquisa e checagem de informação, foram alguns dos assuntos abordados
no evento que aconteceu nesta quinta-feira, no Auditório da Biblioteca da Universidade
de Fortaleza (Unifor).
O
evento teve como objetivo principal a reflexão sobre assuntos ligados ao
ciberespaço e a cibercultura. A discussão girou em torno dos modos como a
Mídia, o Jornalismo e a Publicidade têm agido para chamar a atenção dos internautas
para suas publicações e como estes têm tentado se proteger desse assédio.
O
debate foi aberto pelo professor Eduardo Freire que explicou o papel do
jornalista no atual cenário das redes sociais. “A oferta de informação está
cada vez maior. Com as facilidades que se tem hoje, todo mundo produz. Hoje,
quando você quer se informar, você não procura um blog, twitter ou facebook de
alguém, você procura algum veículo com credibilidade. Nesse sentido, o
jornalismo ganha relevância. O papel do jornalista, na rede social, é checar e
dar a informação qualificada”, afirmou.
Eduardo Freire fala sobre o papel do jornalista nas redes sociais. Foto: Marília Ceres |
Na
sequência, os participantes ouviram a explanação do gestor de marketing digital
e publicitário Mael Costa, que falou sobre as estratégias que devem ser usadas
por quem deseja alcançar um público alvo na internet. “É preciso captar de
fora. Na internet, estamos numa verdadeira guerra. Conquistar um público de
fora e trazer para a internet. Essa é uma das dicas que dou a quem deseja ter
público fiel na rede social”, explicou.
Com o
avanço tecnológico e adesão de um número maior de pessoas às redes sociais e
internet como um todo, está ficando cada vez mais difícil, manter “seguidores”
fieis nas redes. Mael Costa, especialista em mídias sociais, ressalta que o
Facebook é uma rede de massa. Mostrou os números de usuários no Brasil. E
entrou na questão de grandes empresas pagarem para colocar a rede social na
lista das mais acessadas. Citou exemplos como as páginas Nação Nordestina e da
Prefeitura de Curitiba.
Mael Costa destaca cuidados que usuários precisam ter nas redes sociais. Foto: Marília Ceres |
Segundo
Mael, as páginas têm uma linguagem jovem, com isso atrai a atenção do público.
O entrevistado, em resposta a um questionamento de uma aluna sobre a
experiência que teve no shopping Iguatemi, falou que se deve ter muito cuidado
com a forma como se escreve na rede social Facebook, principalmente quando se
está representando uma marca.
Já o
publicitário Adriano Medeiros, falou que a melhor forma de se ter a atenção do
público na internet é achar o caminho do coração das pessoas. “Quando um
negócio não dá certo, temos a mania de pensar que precisamos repensá-lo. Na
verdade, precisamos recriá-lo. O que se tem que achar hoje é o caminho do
coração das pessoas. Não é uma questão monofásica”. Para ele, o termo economia
da atenção está ligado com o ato de escolher bem para quem se deseja comunicar.
“É preciso conhecer bem o seu público. Não podemos mais atirar para todos os
lados. É uma busca por quem se deseja fidelizar”, destacou.
Adriano Medeiros destaca que é preciso conhecer bem o público antes de conquistá-lo. Foto: Iara Sá |
Para
a estudante de Publicidade e Propaganda Hanna Negrão, as pessoas sentem
dificuldade de absorver o conteúdo que lêem na internet. “Com a evolução da
internet, as pessoas estão cada vez com mais dificuldade de se prender a alguma
coisa, a partir do momento que se lança uma propaganda e em pouquíssimo tempo
já aparece outra. Então, para a pessoa conseguir memorizar um produto, uma marca
ou um serviço é muito complicado. Acho que tanto os publicitários quantos os
jornalistas estão sempre em busca de como prender a sua atenção”, afirmou.
A
estudante ainda elogiou o evento. “Eu acho esse tema super importante de ser
discutido e debatido, principalmente nessas duas áreas, Jornalismo e
Publicidade e Propaganda, porque a gente vai sair daqui, vai entrar no mercado
e vai ter que saber lhe dar com essa nova situação dos consumidores e das
vendas”, destacou.
O
também estudante de Publicidade e Propaganda, Clayton Boris, parabenizou o
evento, e em relação ao tema, falou que é necessário ter um trabalho mais
diferenciado e segmentado para poder tirar o melhor resultado. “O que eu
entendo é que hoje o volume de informação está realmente muito grande. Você tem
que ter bastante cuidado, porque esse volume de informação faz com que você
fique despeço e acabe não se concentrando”, disse.
O
encontro marca a quarta edição do projeto, somente esse ano. O Ciberdebates é
uma produção dos alunos das disciplinas de Oficina em Jornalismo e de Sociedade
da Informação e Novas Tecnologias, ministradas pelos professores Eduardo Freire
e Alessandra Oliveira, respectivamente. A iniciativa foi aberta ao público e
transmitida ao vivo pelo canal do UStream e pelas redes sociais: Facebook,
Twitter e Instagram. Quem participou do evento presencialmente teve direito a
um certificado válido para aproveitamento parcial da disciplina de Atividades
Complementares.
Na mesa, os debatedores Adriano Medeiros, Mael Costa e Eduardo Freire. Foto: Iara Sá |
Clique aqui e confira toda a cobertura do evento em áudio. Quer também visualizar as imagens com a cobertura fotográfica de todo o evento, acesse aqui.
Sobre
os debatedores
Eduardo
Freire é designer gráfico e jornalista, graduado pela Universidade de
Fortaleza, e doutorando em Comunicação e Cultura Contemporânea pela UFBA.
Também foi editor de arte do Diário do Nordeste e do Diário Plus.
Mael
Costa estudou publicidade. É o atual gestor de marketing digital na Faculdade
Ateneu e locutor na Órbita Rádio. Trabalhou na Leme Soluções e Estratégias como
digital marketing manager, na Gracom+ como gestor de marketing digital, foi social
media marketing no Shopping Iguatemi e foi analista de marketing na AD2M.
Adriano
Medeiros é publicitário e diretor geral da A+ Business Criativo, é sócio
fundador da A+ Comunicação e Marketing, formado em Publicidade e Propaganda
pela Unifor, tem pós graduação em Gestão da Comunicação pela USP/SP e em
Administração pela FGV/SP e MBA em
Gestão de Negócios – IBMEC.
Uma
ausência sentida foi a do jornalista Michel Victor que estava oficialmente
confirmado para participar do debate, mas não pôde comparecer, sendo
substituído pelo jornalista e professor Eduardo Freire.
Apesar
da ausência, por motivos de “força maior”, Michel Victor, jornalista formado
pela Universidade de Fortaleza, e atualmente coordenador de Projetos Especiais
Web e Seo no O Povo, respondeu a nossa equipe por e-mail acerca do assunto
abordado no Ciberdebates de hoje. Ele dá uma dica de como o jornal procura
manter a atenção de seu público: “a premissa básica é qualidade de conteúdo
apresentado ao leitor. O Foco se dá em textos inteligentes e objetivos, quando
necessário, ou textos mais aprofundados, por meio de pesquisas, análises e
outros recursos jornalísticos que ampliem a informação disponibilizada ao nosso
público. Além da escrita, apostamos em outras ferramentas disponíveis para
facilitar, dinamizar ou ampliar a leitura, assim como fotos, Infográficos,
vídeos, tabelas, ventilações entre outras diversas”, relata Michel.
Ainda
segundo ele, as redes sociais têm um papel fundamental, e com isso, acaba
atuando de diversas formas, como por exemplo, “vitrine/difusora de conteúdo,
relacionamento/interação com o leitor e também como termômetro dos assuntos abordados
pelo Grupo O POVO”.
Michel
finaliza, fazendo uma abordagem sobre quais as estratégias são utilizadas pelos
jornais, e quais as diferenças entre o Jornal O Povo e os demais jornais para
chamar a atenção do público leitor. “O ‘pensar fora da caixa’ pode parecer
clichê, mas trata-se de uma essência do Grupo O POVO, em qualquer plataforma. A
partir desse pensamento trazemos conteúdos, ferramentas, apresentações
gráficas, coberturas diferenciadas e entre outras para nossas audiência. As
estratégias são a qualidade, diversificação/pluralidade, experiências
transmídias, diálogo direto com nossa audiência, conteúdos exclusivos,
coberturas especiais entre outras”, afirma.
Texto:
Douglas Pinto, Raphael Moura, Vitor Lutif e Lise Ane.
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