Ciberdebate “Vai Curtir ou Vai Agir?”
O segundo semestre de 2012 já deu início aos Ciberdebates. Com o tema definido como “Vai Curtir ou Vai Agir”, os alunos da disciplina de Oficina em Jornalismo esperam discutir a grande repercussão que as informações e os fatos possuem nas redes sociais. O objetivo é debater sobre as pessoas que estão sempre conectadas e que curtem as diversas publicações da rede para avaliar se, além de curtir, elas também agem diante de alguma situação.
O debate aconteceu no último dia 25 de setembro, no teatro Celina Queiroz e os convidados a participarem da mesa debatedora foram: Júlia Lopes (Jornalista e idealizadora do Movimento Fortaleza Tranqüila, que tem como objetivo a luta por cidade menos barulhenta e com mais qualidade de vida); Patrícia Vieira (Diretora da União Protetora dos Animais Carentes- UPAC, ONG que estimula a adoção de animais abandonados) e Alessandra Oliveira, (Professora do Curso de Comunicação Social da UNIFOR e Mestre em Educação pela UFC).
Alunos e professores compareceram ao teatro, ansiosos para ouvir o que os debatedores tinham a argumentar sobre o tema. Todos participantes ou seguidores de ações em redes sociais, o objetivo foi de adquirir mais conteúdo e idéias que fomentam esse ativismo virtual.
Confira a opinião do público sobre o debate
A escolha do tema foi certeiro. Foi unanime entre os presentes a importância de se discutir esse tema, que além de atual, tem uma grande relevância social (e virtual). Porém, as semelhanças nas opiniões pararam por ai. A maioria dos alunos que formavam o público já tinha uma opinião bem formada sobre o assunto, e elas discorriam bastante uma da outra.
Enquanto alguns, como a estudante de jornalismo, Danielle Pinto Araújo, acredita que o ativismo virtual é valido e pode, sim, colaborar com os movimentos sociais, outros, como o estudante de publicidade e propaganda, Florencio Carvalho, tem criticas ferrenhas ao ativismo virtual no Brasil.
“A escolha do tema foi muito boa porque mostra que a gente pode participar e contribuir para uma melhora da sociedade”. Danielle Pinto Araújo - Estudante de Jornalismo.
“Na minha opinião, os movimentos hoje parecem mais flash mob do que ativismo. O ativismo virtual pode ter funcionado lá fora, na Primavera Árabe, mas aqui no Brasil não”. Florencio Carvalho – Estudante de Publicidade e Propaganda.
Apesar de atual, o tema ainda trás muitas duvidas aos usuários. O maior ponto de discussão é a real efetividade desse tipo de ativismo.
“Eu acho que [ o ativismo virtual ] funciona, mas eu mesmo dou “confirmo” em muitos eventos no Facebook, mas não vou. Tenho dúvidas sobre a efetividade disso. Ao mesmo tempo que é muito bom para divulgar alguma causa ou evento, a quantidade de “likes” ou pessoas confirmadas não significa que essas pessoas realmente estarão presentes”. Raíssa Hilgenberg – Estudante de Jornalismo.
“Eu acho bastante interessante esses debates com os alunos porque discute uma questão que está em pauta que é a comunicação virtual, os problemas acarretados por ela e as consequências positivas também. A meu ver, um dos problemas, digamos, seria o de levar a um maior isolamento. Não vai acabar todo mundo se isolando na sua individualidade extrema, mas que ela poderá levar a um isolamento, esse é um dos pontos negativos. O ponto positivo é essa comunicação que é globalizada, generalizada, que pode suscitar contestações, críticas. É um espaço democrático, mesmo com esses grupos machistas ou de extrema direita porque isso é que é democracia, você poder se colocar e crescer também a onda que é contrária à essas visões de intolerância e de conservadorismo que existem”. Ângela Jolita - Professora de Sociologia Geral e da Comunicação.
E ai, o ciber ativismo é valido ou não? É uma forma efetiva de lutar por alguma causa? Qual sua opinião sobre o assunto?
Texto escrito por Kamyla Lima e Rebeca Marinho.
Texto tá bom, mas não tem nenhuma foto dos entrevistados?
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