segunda-feira, 18 de junho de 2012

Bastidores do SOPA no Celina Queiroz

O segundo Ciberdebate do ciclo de palestras da disciplina de Oficina de Jornalismo - SOPA, censura na internet -  aconteceu no Teatro Celina Queiroz. Antes do início, uma equipe foi acompanhar os bastidores da preparação de mais uma palestra da Universidade de Fortaleza. 

A mediadora Taís Lopes, aluna de jornalismo da Unifor, explica que antes de tudo é importante ter uma visão geral do assunto. "Estudei o assunto, procurei saber mais sobre os entrevistados, para dar um direcionamento melhor nas perguntas. Tudo para que a medição do debate aconteça de forma equilibrada". 

Taís Lopes
Além do cuidado com a mediação do debate, Taís revelou que o trabalho de preparação acontece desde o fim do primeiro. "Fomos de sala em sala conversar com os alunos para convidá-los para um debate bastante informativo e esclarecedor. A intenção é justamente essa, tirar as principais dúvidas que envolvem a pirataria na internet, seja ela qual for", explica Taís. 

Os integrantes da organização do debate usaram o exemplo da equipe anterior para não perder tempo. Segundo Marina Alves, a equipe foi bem organizada, utilizou bem o tempo e não houve atraso por conta de equipamentos."Fizemos tudo com antecedência porque o que mais nos preocupamos foi não atrasar o início  do nosso ciberdebate. É importante notar as falhas das equipes anteriores para não repetirmos os erros", explica Marina, integrante da equipe. 

Mariana Alves
Alguns alunos começaram a chegar no teatro antes das 8h. Essa foi a primeira vez que o assunto sobre censura na internet  foi abordado de uma maneira mais aberta, com especialistas no assunto. Para a estudante de jornalismo Sabryna Esmeraldo, o debate vai gerar discussões importantes nas salas de aula. "Apesar de não ser um tema tão novo, acredito que essa pauta vai ser ainda bastante comentada. Especialmente quando entendermos os pontos de vista das pessoas que entendem o assunto", enfatiza Sabryna. 

Para a estudante, é necessário a existência dessas palestras para que os alunos vejam outras visões e não apenas aquelas que tem na internet. 

Sabryna Esmeraldo
Ainda nos bastidores da SOPA, Mhahyara Valente, estudante de jornalismo, demonstrou grande expectativa para o início do evento. "Eu vim para o ciberdebate para entender mais sobre o assunto. Apesar de já ter sido bastante debatido, muitas vezes esse debate da internet seguia uma linha de difícil compreensão e agora estou apostando que vou sair daqui com outra visão e compreendendo mais sobre o assunto", afirmou a estudante.  

Mhahyara Valente


Foi grande expectativa que os alunos de Comunicação Social da Universidade de Fortaleza lotaram o teatro Celina Queiroz para dar início ao segundo ciberdebate do primeiro semestre de 2012, que trouxe como tema, a censura na internet. Sem dúvida, um debate imperdível!

Texto: Por Mayara Teixeira Basilio

Vlog: Vídeos virais

Ciberdebate sobre vídeos virais.

Debatedores: Emerson Maranhão, Fábio Viana, Breno Pinheiro.
Produzido pelas alunos da disciplina de Oficina em Jornalismo, ministrada pela professora Adriana Santiago.



Uirá Porã debate sobre censura na internet

O Secretário Executivo do Comitê Fortaleza Digital e Criativa, Uirá Porã, participou da segunda edição dos Ciberdebates que aconteceu nesta segunda, dia 10, no auditório do Teatro Celina Queiroz, na Unifor e que trouxe como tema a "Censura na internet : Quem vai tomar esta S.O.P.A ?".
Uirá Porã (à direita) debateu com alunos e professores da UNIFOR , as polêmicas da censura na internet. Foto: Ciberdebates Unifor
Sempre bem humorado e descontraído, Uirá discutiu com  estudantes e professores  alguns aspectos da censura , pirataria, direitos autorais e as leis que estão sendo criadas para regulamentar o uso da internet .Foram abordadas questões sobre a censura de baixar conteúdos como fotos, vídeos e músicas pela internet .

O secretário se posicionou contra qualquer tipo de censura na internet : "Censura por si só já é bizarro.Censura na internet é uma coisa e regulação é outra", diz.

Ele cita exemplos como o do rapper Crioulo de São Paulo, que colocou todas as  músicas na internet e deixou as pessoas baixarem , como forma de divulgar  o seu trabalho, e que hoje faz o maior sucesso nas casas de shows e já participou até de um programa da Rede Globo." Essa estória de dizer que foram baixados 100.000 músicas e foram deixados de vender 100.000 CD's, isso não existe!".

Ele ainda reforça que " hoje em dia gasta-se muito mais em recursos jurídicos para combater a quebra de direitos , do que em pensar novos modelos de negócios que possam gerar muito mais recursos, do que esses R$ 0,40, que o cara baixaria ou deixaria a de baixar, vai representar de prejuízo. "

Crimes e Leis de regulação do uso da internet
Outra coisa comum é encontrar pessoas comprando CD's piratas na praia ,ou baixando imagens para trabalhos da escola ou faculdade e Uirá diz que isso acontece por falta de conhecimento, mas na verdade é crime. Segundo o secretário, as principais leis que vão regulamentar direitos e deveres  na internet são o Marco civil  e a Lei de Direitos Autorais. O Marco Civil da internet está mais adiantada. A lei se encontra na Câmara dos deputados e foi formada uma comissão especial para acompanhar esse processo. A lei de Direitos Autorais está na Câmara e vai para a Casa Civil. Antes dessas duas leis, foi proposta a Lei Azeredo, que limitava e tipificava crimes. Uirá discorda em alguns pontos da Lei Azeredo, pois segundo ele não faz sentido tipificar crimes, sem antes saber a limitação de quem são os direitos e deveres. Uirá reforça que essas leis colocam o Brasil à frente de outros países no mundo, em termos de legislação da internet. "O Brasil vai ter a legislação mais avançada do planeta", comemora.

A participação da sociedade
Uirá Porã considera que o aspecto principal de toda essa discussão é a participação da sociedade. " Não faz sentido trabalhar o digital sem a participação da sociedade. Nós, pessoas comuns , precisamos nos posicionar, esclarecer, conversar em casa, no trabalho sobre isso e trazer essa discussão à tona porque senão alguém vai trazer uma regra ou legislação que não vai fazer o menor sentido pra nossa vida e nós vamos ter que aceitar. E a internet está aí pra isso, para trazer espaço, para discutir e fazer valer os nossos direitos e deveres", conclui.

Sobre o Comitê
O Comitê Fortaleza Digital e Criativa foi criado em 2008 com o objetivo de pensar políticas, acompanhar o processo de criação de leis, apoiar e desenvolver o setor de tecnologia criativa . O Fortaleza Digital e criativa faz também o  acompanhamento das ações da prefeitura nessa área e procura estar informado com  que está acontecendo na sociedade. Inicialmente o comitê foi criado pensando só no pólo tecnológico e depois de uma reestruturação que aconteceu ano passado, passou trabalhar em outros setores, principalmente incentivando a participação da sociedade no debate.

O Ciberdebates contou ainda com as presenças do jornalista Emílio Moreno e do Advogado e analista de sistemas Gleydson Lima, que participaram da mesa de discussões.

Texto: Rosanni Guerra.