quarta-feira, 28 de março de 2012

O mercado atual para Fotografia autoral

O mercado atual para Fotografia autoral
                                                                                        Daniely Pinto Araújo

No dia 22 de março, o curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) promoveu no Teatro Celina Queiroz,  o primeiro Ciberdebate do ano de 2012, tendo como tema “Fotografia em Pauta”.  O debate contou com as presenças de Celso Oliveira, fotógrafo autoral, Eduardo Queiroz, editor de fotografia do jornal Diário do Nordeste e Júlio Alcântara, professor de fotojornalismo da Unifor.
Celso Oliveira já trabalhou em várias mídias jornalísticas diferentes, como a revista Veja e o jornal Folha de São Paulo.  Atualmente dedica-se ao trabalho de fotografia autoral, e foi premiado pelo livro "Quem somos nós".
O fotógrafo nos falou sobre as dificuldades do mercado hoje em dia, salientando que a principal delas seria a escolha de qual área da fotografia se dedicar, e depois de feita essa escolha, a importância de continuar se aperfeiçoando sem nunca parar o aprendizado.
Celso ressaltou ainda a importância de debates como este, dentro do ambiente da universidade, e de como os palestrantes e ouvintes podem aprender através de ouvir diferentes opiniões sobre o mesmo tema, não se mantendo fechados a sua própria visão.
Por fim, ele frisou como conselho aos iniciantes, a importância de escolher o seu próprio tema: “Tem gente que escolhe um tema, e depois de um ano trabalhando aquele tema, percebe que já não está rendendo mais porque o tema foi errado. Isso já aconteceu inclusive comigo umas 5 ou 6 vezes, de escolher o tema errado. Então a boa dica é escolher um bom tema.”
O próximo Ciberdebate será realizado no dia 10 de abril, ás 8 horas, também no Teatro Celina Queiroz, tendo como tema: “S.O.P.A: Censura na Internet?”.

terça-feira, 27 de março de 2012

Fotografia em pauta: Alunos colocam a boca no trambone

No dia 22 de março foi realizado, no Teatro Celina Queiroz, o primeiro Ciberdebate de 2012. Que teve como tema: Fotografia em pauta com os fotógrafos Júlio Alcântara, Celso Oliveira e Eduardo Queiroz. Muitos alunos deram seu depoimento falando o que acharam do ciber e dos convidados que compareceram.



A estudante de Direito, Tatiana Borges, a ser questionada sobre a importância do tema do ciberdebate para sua formação, responde reflexiva: "Como pretendo advogar, a resolução de uma fotografia podem ter provas visuais fundamentais em um caso. E,  na minha formação pessoal, posso documentar momentos importantes com pessoas queridas".



Já Patrícia Holanda, estudante de Jornalismo, disse com entusiasmo: "A fotografia é uma forma de captar, congelar uma situação única, como um passe de mágica, um simples clique que revela grandes histórias. E o evento nos traz uma visão crítica sobre o assunto e além disso, podemos conhecer a vida e as experiências relatadas pelos convidados".



Felipe Costa, estudante de Publicidade e Propaganda, afirma: "O tema é de fundamental importância para mostrar que as fotos podem transmitir beleza e sentimento".



A estudante de Jornalismo da UFC, Natália Guerra, a ser perguntada se já conhecia os convidados do ciberdebate e o que achou, comenta: "Conhecia apenas o Júlio Alcântara, pois já havia tido aula com ele. Achei interessante ter três perfis diferentes, um com uma fotografia mais autoral, outro mais reflexivo sobre as questões da imagem e um mais mercadológico".



A estudante de Jornalismo, Clara Magalhães, relata: "Os ciberdebates anteriores nunca tinham abordado esse tema e o pessoal que curte fotografia e que quer se tornar um profissional sentia a falta de um debate assim".

 

Pedro Motta, estudante de Jornalismo, comenta o que achou do ciberdebate: "Bem legal esse ciberdebate, deu pra entender o quanto a fotografia e o fotojornalismo mudaram durante o tempo, a questão da manipulação das fotos e como isso deve ser encarado com tanta gente usando esse bem de má fé".


Alvoroço e alegria nos bastidores do Ciberdebates




7h30min. Meia hora antes de começar o evento e as organizadoras estavam alvoroçadas. Enquanto os convidados Júlio Alcântara e Eduardo Queiroz conversavam do lado de fora do Teatro Celina Queiroz, as meninas arrumavam o local posicionando a mesa, as cadeiras, microfones, providenciando copos descartáveis, água e os demais itens. Uma correria só. 



Além de algumas organizadoras, ainda faltava o último convidado: Celso de Oliveira. O evento marcado para as 08h teve alguns probleminhas, como conectar o Ustream, pois faltavam notebooks e os demais cabos .  A fila para ganhar certificado não parava de crescer. O teatro começava a lotar e o professor Eduardo Freire não largava o notebook que iria transmitir ao vivo o evento. 



Segundo ele, só faltava este último detalhe para dar início. Enquanto isso os três debatedores: Júlio Alcântara, Celso de Oliveira e Eduardo Queiroz conversavam dentro do Teatro com os professores da Unifor Daniel Pinheiro e Wilton Martins.  Estagiários do Laboratório de Jornalismo (Labjor) e a TV Unifor já estavam posicionados aguardando o início. 8h30min. Tudo pronto, convidados a postos, mediadora posicionada e o público não parava de chegar. Enquanto os palestrantes davam início à "Fotografia em Pauta", fotógrafos, profissionais e amadores, estavam ligados na palestra e ao mesmo tempo conectados na rede. Os alunos não paravam de retwittar frases e convidar os demais para o evento. Professores da Unifor e convidados de fora da Universidade também estavam presentes. 

9h, horário de intervalo, e mesmo assim o público preferiu “alimentar-se” de fotografia. Ao longo do debate, outro problema técnico aconteceu: Uma gravação no estúdio gerou uma interferência do áudio, pois estavam usando a mesma frequência. Resultado: Uma confusão. O professor Júlio jurava que aquele áudio estava sendo dirigido a ele, logo ele peguntava: Como? Não estou entendendo. 



Chegando ao final do debate, mesmo com várias cadeiras vazias, os debatedores não deixaram a peteca cair e encerraram com estilo o primeiro ciberdebates do semestre. 11h20min e começou a agitação. Tv Unifor e alunas da professora Adriana Santiago já esperavam os debatedoras para as entrevistas, perguntando os pontos principais acerca do debate. Uma foto com toda a equipe encerra o momento.


 Passada a euforia, vem o descanso, certo? Errado, toda a equipe se reúne para debater os pontos positivos e negativos. Os positivos foram comemorados com bastante alegria, já os negativos servem de lição para o segunda equipe do ciberdebates. Mas aí, já é assunto para a próxima pauta.        




Quer ver as fotos que roloram nos bastidores? 
Acesse Bastidores "Fotografia em Pauta"

Eduardo Queiroz é contra a manipulação da imagem

O uso do photoshop e a manipulação da imagem foi um dos temas que gerou mais polêmica no primeiro ciberdebate de 2012. Ao mostrar casos de erros na hora da manipulação, o editor de fotografia do Diário do Nordeste, Eduardo Queiroz, se mostrou contra a prática. "O photoshop pode ser usado para melhorar a qualidade da imagem , não para alterar o fato", explicou.

Em sua apresentação, Eduardo mostrou que os casos de manipulação já existem há muito tempo, quando pessoas eram retiradas propositalmente de fotos e as "multidões" eram multiplicadas. A exposição dessas fotografias levantou o questionamento: Isso é ou não fotojornalismo? Eduardo defendeu que não. "O fotojornalismo tem o compromisso de mostrar a verdade, quando se altera a imagem, altera também a realidade", disse.

Outros assuntos como a história da fotografia, a evolução das câmeras fotográficas e o dia a dia dos fotógrafos na redação dos jornais, também foram debatidos no teatro Celina Queiroz, que estava lotado.

Eduardo gostou muito de participar do ciberdebates e discutir os novos rumos da fotografia. Confira no vídeo abaixo: 

Celso Oliveira marcou presença no Ciberdebates

No último dia 22 de março, a Universidade de Fortaleza (Unifor) deu início à quarta edição do Ciberdebates, o evento semestral que contempla os alunos com uma rodada de quatro debates jornalísticos durante o período letivo. Iniciando a série de discussões, o tema “Fotografia em Pauta” levou mais de 250 pessoas ao Teatro Celina Queiroz. Eduardo Queiroz, editor de fotografia do jornal Diário do Nordeste, Celso Oliveira, fotógrafo profissional e Júlio Alcântara, professor de fotografia da Unifor fizeram parte da mesa debatedora.

Fotógrafo há 35 anos, Celso Oliveira já atuou na Folha de São Paulo, no jornal Estadão e na revista Veja. Natural do Rio de Janeiro, mudou-se para Fortaleza ainda nos anos 80. Trabalhando com fotografia autoral, Celso, hoje, é reconhecido e premiado pelo livro “Quem somos nós”, um grande apanhado fotográfico que demorou 15 anos para ser concluído.

No debate, o autor discorreu sobre pontos importantes do Fotojornalismo. Entre eles, a essência da fotografia autoral ganhou destaque em seu discurso. “Todo mundo quer contar uma história. Se você vai tocar ou atingir as outras pessoas, é uma questão que você deixa para as outras pessoas”, disse o fotógrafo, defendendo que a fotografia surge do interior de cada um.

Um dos temas que gerou calorosa discussão foi ética e manipulação de imagem. De acordo com Celso, “manipulação é livre, mentira e verdade também é livre. A ética é de cada um. Eu não vou contar algo que eu não ‘tô’ vendo”.

Para encerrar, o conselho do fotógrafo para quem deseja seguir os caminhos do Fotojornalismo é “esqueça todo o resto e seja você mesmo o tempo inteiro”.

O Ciberdebates é realizado pela disciplina de Oficina em Jornalismo do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza. No próximo dia 10 de abril, a discussão abrange o tema “S.O.P.A: Censura na Internet?”, no Teatro Celina Queiroz, às 8h.

Por Vanessa Viana e Ana Carolina Cunha

Ciberdebates discute fotografia analógica e digital no jornalismo

Camille Vianna e Lia Girão

"O que importa é a forma como a fotografia é feita, e não o dispositivo", afirmou o editor de fotografia do Diário do Nordeste Eduardo Queiroz na manhã da última quinta-feira (22) no Ciberdebates "Fotografia em Pauta" que aconteceu no Teatro Celina Queiroz, na Unifor. Como convidados também compareceram o fotógrafo Celso Oliveira e o professor de Fotografia na Universidade, Júlio Alcântara.



A discussão abordou alguns pontos polêmicos sobre fotografia analógica e digital. Eduardo Queiroz levou em consideração o uso de dispositivos que manipulam imagens e declarou que é um ponto negativo, mas muitas vezes os jornalistas dependem da rapidez e eficácia dessas máquinas para enviar as fotografias para os jornais e agências jornalísticas. O photoshop foi bastante comentando e exemplificado como um meio de manipulação e distorção da imagem. "Quem decide ser fotógrafo precisa conhecer muito de luz, porque photoshop não corrige imagem ruim", comentou Eduardo Queiroz, afirmando que não adianta saber como editar se a foto não foi batida da maneira correta.

Júlio Alcântara, em contrapartida, defendeu o uso dos programas de edição para melhoria e até criação de novos tipos de fotografias, com efeitos que a analógica não poderia ter. O professor falou sobre o uso de filtros lomográficos digitais - com efeitos antigos - como uma nova perspectiva de fotografia, mostrando que essa mania pode ser encarada como um certo 'medo do futuro'. "O medo das pessoas de encarar o futuro pode ser visto no grande uso dos filtros que relembram as fotografias antigas", comentou Júlio.

De acordo com os debatedores, a fotografia analógica, por ser mais limitada por conta dos filmes, contava com um maior cuidado dos fotógrafos na hora do clique, obrigando-os a buscarem uma certa perfeição da imagem. "As pessoas pararam de pensar na arte e passaram a se focar na técnica, mas ela não é suficiente pra fazer uma boa foto", destaca Celso Oliveira.

A 4ª edição do Ciberdebates se propôs a debater a fotografia jornalística nos mais diversos âmbitos, passando por manipulações digitais, copias não autorizadas, iluminação e história do fotojornalismo.


Ciberdebates: Fotografia artística VS Fotojornalismo


Eduardo Queiroz, Júlio Alcântara e Celso de Oliveira
O primeiro dos Ciberdebates do ano, realizado dia 22 de março no Teatro Celina Queiroz, teve como tema “Fotografia em Foco”. O evento encheu o teatro para uma discussão sobre fotojornalismo e fotografia em geral dentro do jornalismo. Uma das questões abordadas durante o debate foi a polêmica sobre a fotografia como arte e como fato jornalístico.


Duas perguntas sobre a relação entre fotografia e arte foram lançadas aos três debatedores já no final do evento. O primeiro a responder foi o professor de fotojornalismo da Unifor, Júlio Alcântara, que afirmou ser uma questão complicada devido à impossibilidade de se definir o que é arte. “Levante a mão aí quem pode me dizer o que é arte. Eu não sei”, provocou Júlio.


Para esclarecer o debate, foi colocado em pauta o concurso de fotojornalismo, World Press Photo, considerado o maior concurso anual de fotojornalismo. Surgiu da platéia a colocação de que o concurso tem premiado imagens com uma preocupação artística e estética cada vez maior. “Isso é preocupante num concurso de fotojornalismo”, disse o debatedor Celso de Oliveira, fotógrafo e editor de imagem.


Segundo o fotógrafo, existe uma tendência de se premiar fotos mais artísticas, mas deveria haver uma separação por concurso, pois os fatos são o mais importante para a vertente do fotojornalismo. "Fotos de fatos estão ficando para trás em prêmios de fotojornalismo e isso é preocupante", diz ele.


O editor de fotografia do Diário do Nordeste, Eduardo Queiroz, também debatedor no evento, alertou para a crescente importância conferida à questão da estética na sociedade atual, devido a um “novo mundo imagético”. Para ele a tendência é geral e afeta também o fotojornalismo e toda a fotografia.


Fotojornalismo também pode ser arte e conter qualidades estéticas, segundo Eduardo, que comenta também que a tendência de premiar fotos mais artísticas começou no World Press Photo, mas já foi aderida por outros concursos como o Prêmio Esso de fotografia.


por Helena Nogueira e Priscila Ponte

Público lota Teatro Celina Queiroz no primeiro Ciberdebates do ano



Para a alegria da equipe de alunos da Oficina de Jornalismo o Teatro Celina Queiroz esteve lotado para a primeira edição do 4º ciclo do Ciberdebates que aconteceu hoje (22/03). O primeiro Ciberdebates de 2012, que tem apoio do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor), teve o tema“Fotografia em pauta” e reuniu mais 250 convidados entre alunos e professores. O interesse do público foi tanto que o endereço do twitter oficial do evento (@ciberdebates) alcançou a quinta colocação com a#Ciberdebates2012, no Top Trends Fortaleza, que é o ranking dos assuntos mais falados na rede de microblogs.

Três conceituados profissionais de fotografia do Estado, compuseram a mesa:Eduardo Queiroz, editor de Fotografia do Jornal Diário do Nordeste; Júlio Alcântara, professor de Fotografia da Unifor; e Celso Oliveira, fotógrafo profissional, que expuseram todos seus conhecimentos a cerca do Fotojornalismo, alguns causando polêmica ou manifestações de apoio.

Dando início ao evento, Celso Oliveira falou sobre suas experiências fotográficas na Europa e como surgiu a ideia de fazer o ensaio “Quem somos nós”. Ainda em sua palestra, Celso afirma que a essência da autoria fotográfica está no que você quer contar e no que você quer falar.

Logo em seguida, Júlio assumiu o microfone e falou sobre a revolução da fotografia nos últimos 20 anos. O professor universitário defende que essa revolução fotográfica foi bastante positiva e que os novos recursos tecnológicos surgiram para melhorar a fotografia. “Photoshop (programa de retoque e modificação de imagens fotográficas) precisa ser bem mais usado, mas sem fazer alterações de má fé”, afirmou o professor.

Eduardo Queiroz, que trabalha em uma grande redação, iniciou falando sobre a profissão do fotojornalista e contanto sua experiência quando era repórter fotográfico. “Antigamente, quando saíamos para fazer a cobertura fotográfica de jogos fora da Capital, era preciso levar todo o laboratório fotográfico conosco. Os laboratórios, geralmente, eram montados nos banheiros dos hotéis”, relembrou o editor. Para Eduardo, mesmo com toda a tecnologia, o fotógrafo deve entender muito bem de fotografia, e, principalmente, de luz. “O Photoshop não corrige foto errada!”, afirmou ele relembrando um fato que aconteceu quando um de seus repórteres fotográficos errou na iluminação da foto e confiou na edição do Photoshop.

Dando início o ciclo de debates, o professor Eduardo Freire questionou os debatedores sobre a edição da fotografia “A fotografia modificada é com um texto que foi editado. Como vocês veem essa relação?”. Todos os debatedores concordaram que a fotografia pode, e em alguns casos, deve ser editada, mas com cuidado, para não perder a mensagem que a fotografia quer passar. “Respondendo à pergunta, a edição não é ruim, o que não deve acontecer é a manipulação e a fraude da real imagem”, debateu Eduardo Queiroz.

Além desse, outros assuntos, como a transformação de fotos recentes em fotos antigas e o estilo de fotografia de José Medeiros também foram debatidos durante encontro.

No próximo dia 10 de abril, acontecerá a segunda edição do Ciberdebates também no Teatro Celina Queiroz, às 8 horas. Dessa vez, o tema será: “Sopa: Censura na internet?”, com a presença do jornalista Emílio Moreno, do advogado Glaydson Lima e Uirá Porã, ativista de software livre.


Texto: Lívia Marques

O Essencial da Fotografia é emocionar

Júlio Alcântara, professor de Fotografia da Unifor, foi um dos convidados a compor a mesa do primeiro ciberdebate do ano, que teve como tema "Fotografia em Pauta", e aconteceu na última quinta-feira (22/03) no Teatro Celina Queiroz.

O professor destacou em sua fala, os principais elementos que compõem uma boa fotografia, que passam por despertar no receptor algum tipo de curiosidade sobre o que está retratado na foto, sem necessariamente ter a obrigação de contar uma história. Este não seria o papel do profissional de fotografia. Para Júlio, porém, o elemento fundamental e indispensável de uma boa fotografia seria o de emocionar. "A imagem fotográfica não se dirige ao intelecto, e sim a emoção. Sempre", enfatizou.


Também abordou sobre as transformações tecnológicas que afetaram de algum modo a fotografia nos últimos tempos, como as fotos digitais, modernos softwares de tratamento de imagem, dentre outras inovações. Para ele, estas mudanças constituem uma evolução positiva para os profissionais da área. "Nós estamos vivendo uma das maiores revoluções que o mundo já passou nos últimos 20 anos, onde a internet se encontra com0 elemento principal, com seus recursos inovadores e dinâmicos", salientou.


Júlio, porém, fez uma alerta sobre o uso devido de recursos que modificam as fotos, tais como o Photoshop, por exemplo. "O Photoshop precisa ser mais bem usado, mas sem fazer alterações de má fé", pontuou. 

Júlio Alcântara: "O ponto forte do debate foi o que não foi dito"



Fotografia foi o tema do primeiro ciberdabates de 2012. Júlio Alcântara, professor de fotojornalismo da Unifor foi um dos palestrantes. Para ele, a oportunidade de participar pela primeira vez do ciberdebate foi muito interessante por vários motivos, principalmente pela diferença de pensamento dos convidados. Mesmo assim o professor considera que "o ponto forte do debate foi o que não foi dito". Segundo ele, o que está presente na fotografia é quem tira a foto. "É um auto retrato do fotógrafo. Ele é vaidoso pra caramba!".







Júlio também comenta como está o mercado de trabalho para quem opta por fotografia. Na sua opinião ainda existe muito espaço, mas o problema é outro. "Tem muito espaço, mas as pessoas que estão esperando emprego de carteira assinada podem tirar o cavalinho da chuva. Isso tá acabando". polemiza Júlio.Veja a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:







Saiba mais:


O ciberdebates "Fotografia em pauta" ocorreu no dia 22 de março e também contou com a presença de Eduardo Queiroz (editor de fotografia do Diário do Nordeste) e Celso Oliveira (fotógrafo profissional). O evento foi realizado no Teatro Celina Queiroz e teve a presença de mais 200 pessoas, entre alunos, professores e funcionários da Universidade.






Mais informações e fotos:














O que é uma boa fotografia fotojornalística hoje?


Fotografia em pauta

Ciberdebate com os fotógrafos Celso Oliveira, Júlio Alcântara e Eduardo Queiroz

Rebeca Nolêto

Sabryna Esmeraldo


Os Ciberdebates do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor) tiveram início na última quinta-feira (22/03), no Teatro Celina Queiroz. Tendo como tema "Fotografia em Pauta", a primeira equipe a realizar os trabalhos da disciplina de Oficina em Jornalismo convidou três fotógrafos profissionais para o debate. Uma plateia que quase lotava o teatro teve oportunidade de discutir a realidade do fotojornalismo com o editor de imagem Celso Oliveira, o professor de fotojornalismo da Unifor Júlio Alcântara, e o editor de fotografia do Diário do Nordeste Eduardo Queiroz.

Em meio a informações acerca da história da fotografia, da manipulação de imagens e da realidade de um fotógrafo em uma rotina de redação de jornalismo impresso, os convidados citaram diversos fatores fundamentais para compor uma boa fotografia fotojornalística.

Durante a exposição de ideias, o professor Júlio Alcântara, ressaltou, por exemplo, a funcionalidade da fotografia no jornalismo. “A imagem fotográfica não se dirige ao intelecto. É um equívoco você querer contar histórias, denunciar, a fotografia não serve para isso, é melhor você fazer isso com o texto”, afirmou, explicando que a foto trata da emoção e texto e imagem se casam perfeitamente, mas que boas imagens podem não precisar de muitos esclarecimentos.

Outro ponto levantado por Júlio trata da produção fotojornalística na atualidade. Para o professor, o fotojornalismo é uma linguagem que está se esgotando. “Tenho percebido uma repetição no que é produzido. Estamos presos a formas existentes há vinte, trinta anos atrás", alertou, destacando a necessidade de inovação na área. Para Júlio, "Toda boa foto deve despertar a curiosidade".

A realidade da fotografia nas redações foi abordada por Eduardo Queiroz, que ressaltou a função de “sugestores de pautas” que os fotógrafos exercem também em sua rotina profissional. Acerca dos fatores que podem produzir um trabalho de qualidade, Eduardo explicou que é preciso ter afinidade com a pauta, buscar sua própria criatividade com a matéria, além de conhecer tanto a parte técnica da fotografia como sua linguagem. “Dentro da edição da fotografia, existem essas qualidades teóricas, tem que ser inédita, causar impacto, originalidade, informação, qualidade técnica e plástica”, ensinou o editor, citando ainda a importância da busca pela fotografia cândida, espontânea.

O editor Celso Oliveira entrou na discussão lembrando que todo trabalho é fruto de reflexão. Um dos conselhos que o profissional deu durante o debate foi sobre não desistir, mesmo com momentos ruins. “O resultado do ‘eu’ de cada autor é dificultoso, mas para o público que está disfrutando isso é de grande prazer”, explica Celso, dando ainda a dica para quem deseja trabalhar em algo próprio. “Esqueça todo o resto e seja você mesmo o tempo inteiro”, afirmou.

Para mais informações sobre o Ciberdebates 2012, visite a página do facebook do evento.

Manipulação de imagem no primeiro Ciberdebate (Fotografia em Pauta)

No dia 22 de março de 2012, aconteceu, no Teatro Celina Queiroz, o primeiro Ciberdebate do semestre. Promovido por uma das equipes da professora Adriana Santiago, o evento trouxe ao auditório da Universidade de Fortaleza (Unifor) três profissionais para discutir o tema Fotografia em Pauta.

De acordo com release produzido pela equipe, o primeiro Ciberdebate foi realizado para "abordar, de maneira simples e direta, o passado, presente e futuro do fotojornalismo e conseguir introduzir na conversa qualquer espectador para esse universo, seja ele profissional da área, fotógrafo amador, amante dessa arte ou apenas um curioso estudante".

De fato, os três convidados levaram temas e histórias para qualquer um desses públicos. Público, que foi surpreendentemente grande para o espaço, maior que o de costume -- o Ciberdebate geralmente é hospedado no auditório da Biblioteca. Compuseram a mesa principal do debate o professor de Fotojornalismo da Unifor, Júlio Alcântara, o editor de Fotografia do Diário do Nordeste, Eduardo Queiroz e o fotógrafo profissional e editor de imagem, Celso Oliveira.

As três autoridades da Fotografia explanaram sobre o que cada um achou mais importante. Celso Oliveira começou mostrando um ensaio fotográfico de sua autoria. O termo "autoria", inclusive, foi bastante repetido por ele, em se tratando de processo artístico e particular. Júlio Alcântara respondeu a algumas das afirmações de Celso de Oliveira e rebateu com exemplos de imagens que emocionam dizendo muito pouco ou quase tudo. Quem primeiro falou sobre edição e manipulação de imagem foi ele, que defende maior prática e uso do editor virtual mais popular, o Photoshop, dentre os profissionais da área.

Por coincidência, Eduardo Queiroz, quem seguiu com a palavra, tinha preparado um vasto e didático material para ilustrar e resumir o que caracateriza um fotojornalista e um bom editor de imagem. O editor do Diário do Nordeste também mostrou diversos exemplos de imagens de grande circulação e extremamente relevantes que receberam tratamento, algumas vezes causando defeitos tão explícitos, como retirar a presença de personagens e se esquecer de apagar os pés ou criar partes novas do corpo humano que não deveriam se repetir normalmente.

Enquanto o professor de Fotojornalismo, Júlio Alcântara, defendeu que os fotógrafos devem praticar mais a correção de fotos no sentido de melhorar as capturas para limpar objetos desnecessários ou enriquecer outros por colocá-los em posição de destaque, Eduardo Queiroz esteve a favor da ideia de que o Photoshop até pode corrigir alguns defeitos, mas a mudança de iluminação jamais poderia ser corrigida quando o fotógrafo não soube se posicionar bem ou configurar o ambiente ou a câmera para melhor resultado fotográfico.

terça-feira, 20 de março de 2012

Fotografia em Pauta

Com intuito de discutir temas que envolvesse o mundo virtual, o Ciberdebates surgiu como um projeto organizado pelos estudantes da disciplina de Oficina de Jornalismo, no entanto agora ganhou maior relevância e conquistou uma vaga no calendário de eventos acadêmicos da Universidade de Fortaleza (Unifor). São organizados quatro por semestre, sendo assim, oito por ano. Cada um com uma temática própria e com debatedores convidados diferentes. 

O primeiro deste ano será realizado no dia 22 de março, a partir das 8h, no Teatro Celina Queiroz. Nesta edição, a fotografia entrou em foco para ser analisada, questionada e discutida. A intenção é abordar de maneira simples e direta o passado, presente e futuro do fotojornalismo e conseguir introduzir na conversa qualquer espectador para esse universo, seja ele profissional da área, fotógrafo amador, amante dessa arte ou apenas um curioso estudante.

Estamos diante de uma tendência que deixa de lado os aparelhos convencionais de câmera em detrimentos dos novos aplicativos e mecanismos do celular. Por isso, o assunto fotografia não é exclusivo da área profissional, já que todos os indivíduos relacionam-se com essa ferramenta de registro de fato em sua rotina. Mas, qual a preocupação e responsabilidade que um cidadão comum pode assumir? 

Devido a essa realidade e também a outras dúvidas envolvendo a fotografia, a intenção do evento é trazer os seguintes questionamentos: será que a fotografia ainda pauta o jornalismo? Será que a fotografia, que é uma arte secular, ainda sobrevive nos tempos na internet? Qual a importância da fotografia no contexto das novas mídias? Quais os enfoques que uma fotografia pode ter? Como o poder de edição de uma imagem pode prejudicar e quais as consequências legais que esta atitude pode levar?

Para compreendermos melhor como se elege uma boa imagem jornalística, quais as tendências que devem ser seguidas, qual o futuro da fotografia e do fotojornalismo, convidamos Júlio Alcântara – atualmente professor de fotojornalismo da Unifor-, Celso Oliveira - editor de imagem e fotógrafo documental - e Eduardo Queiroz - editor de fotografia do jornal Diário do Nordeste-.

O evento é gratuito e oferece certificado de participação aos que assinarem a lista de presença na porta do Teatro Celina Queiroz. O Ciberdebates é coordenado pela professora Adriana Santiago, com apoio institucional do Curso de Comunicação Social da Universidade de Fortaleza.

Mais informações
Twitter: @ciberdebates
Facebook: Ciberdebates Unifor
e-mail: ciberdebates@gmail.com