quinta-feira, 26 de abril de 2012

Um pedido de volta de namoro criativo com um jogo para iPod/iPhone

ATENÇÃO: Esta matéria está recheada de hiperlinks. Clique em cada um para acompanhar a trajetória e compartilhe com os amigos!
Breno Pinheiro, empresário e cofundador da empresa de jogos Fan Studios, produziu um vídeo junto com seu irmão e amigos para reconquistar a namorada, presenteando-a com um aplicativo simples e romântico.



Sua iniciativa ficou famosa. Desde que o blog Não Salvo pôs os olhos no vídeo, o número de visualizações — que já era elevado para os padrões de Fortaleza — cresceu em duas vezes mais. Desde então, Breno Pinheiro dedicou-se a aperfeiçoar o aplicativo, que inclusive está sendo vendido pela AppStore e Google Play.


Até hoje, uma série de reportagens já foram feitas sobre o trabalho de Breno. A última matéria é de assinatura da Info, publicação da editora Abril. Antes disso, a apresentadora Eliana já havia convidado Breno e a namorada, Natasha, a participarem do programa no quadro "Famosos da Internet". Os jovens deram uma entrevista para a emissora SBT. A rede Globo também aproveitou a chance e veiculou, no programa Mais Você, de Ana Maria Braga, o vídeo que tornou o empresário e o seu aplicativo famosos.

Aqui no Ceará, o portal O Povo Online apoiou o trabalho de Breno, numa postagem de Jéssica Welma. Victor Vidal, do blog do bairro Quintino Cunha, também não deixou de escrever sobre o vídeo.

Breno Pinheiro estará presente no próximo Ciberdebates da Unifor. Como convidado especial, estará acompanhado de Emerson Maranhão, repórter especial do jornal O Povo, e Emerson Damasceno, criador e curador do @Desencontro2012. O evento Virais: quando viram pauta será realizado às 8h da próxima quinta-feira, 3 de maio, no Teatro Celina Queiroz.


"VIRAIS: QUANDO VIRAM PAUTA" É O TEMA
DO TERCEIRO CIBERDEBATES DE 2012

Ministrados pelo professor Eduardo Freire na disciplina de Oficina em Jornalismo, os dez estudantes que compõem o primeiro grupo, organizado sob sorteio, realizarão, ao dia 3 de maio de 2012 (quinta-feira), no Teatro Celina Queiroz, o terceiro Ciberdebate do semestre.

O evento é produzido pelos alunos da disciplina desde abril de 2011, e caracteriza-se pela composição de dois ou mais palestrantes, que são chamados para defender suas ideias numa mesa principal, sobre o palco do auditório. Depositadas suas considerações iniciais, os debatedores interagem entre si, apoiando-se ou contrapondo-se às falas anteriores. Mais tarde, os participantes que assistem na plateia se utilizam de perguntas (dirigidas diretamente ou não) para revitalizar o debate, trazendo novas questões e diferentes pontos de vista.

O tema do terceiro Ciberdebate vai se dirigir aos vídeos caseiros, produzidos com o propósito de compartilhar experiências rotineiras e, em primeira instância, desobrigadas de qualquer propósito institucional ou sóciocultural. Ao se tratar dos vídeos virais, pretende-se chamar atenção para o trabalho de um fortalezense que tomou a iniciativa de criar um aplicativo para os aparelhos da Apple, iPhone e iPad, e de ultrapassar sua experiência em desenho e computação gráfica: gravou, com assistência de amigos, um vídeo em que se vê a retaliação do namoro quando se ofereceu o aplicativo e a surpresa à companheira do cearense.

Para conduzir o Ciberdebate, a equipe convidou Emerson Damasceno, jornalista, criador e curador do Desencontro, evento de mídias sociais do Nordeste que reuniu, em março de 2012, mais de três mil pessoas em cada um de três dias. Damasceno também mantém um blog no portal do Diário do Nordeste, em que escreve sobre as últimas novidades da Internet.

O segundo convidado pela equipe é Emerson Maranhão, repórter especial do jornal O Povo. Maranhão é o editor da página especial “Tendências”, publicada de quinta a domingo no caderno principal do jornal. Além disso, escreve para uma coluna no caderno Buchicho, chamada “Cena G”.

Finalmente, o convidado especial escolhido pela equipe foi Breno Pinheiro, empresário e cofundador da empresa desenvolvedora de jogos, Fan Studios. Breno foi convidado a falar sobre o vídeo que o tornou “viral”.

Serviço
3º Ciberdebates: Virais quando viram pauta
Local: Teatro Celina Queiroz
Data: 3 de maio de 2012
Horário: 8h às 11h30

terça-feira, 24 de abril de 2012

Aspas de Uirá Porã - S.O.P.A

Confira algumas citações do Secretário Executivo da Fortaleza Digital e Criativa, Uirá Porã durante o S.O.P.A.

"Pirataria não existe."

"Ah, você baixou e deixou de vender 100 milhões de cópias, isso é mentira."

"Devíamos penar no início, de quando o direito autoral surgiu (...) criou uma exclusividade."

"Acho errado [o direito autoral] porque tira 2 gerações do direito de usufruir daquilo publicamente."

"A gente deve pensar no que é justo."

"Será que esse é o Modelo de Direito Autoral que vai favorecer o autor ou beneficiar os donos da indústria fonográfica?" (provocação à platéia)

“Quem é que está atrás do ouro?”

"A gente não pode travar o avanço tecnológico em favor de alguns."

“O direito autoral é uma concessão pública.”

“A lei do direito autoral no Brasil está desatualizada.”

“É uma S.O.P.A de ideias e provocações que eu estou tentando colocar aqui.”

“Essa lei do direito autoral brasileira, que não é a S.O.P.A, mas que pode ser, está sendo discutida, e eu acho importante nós participarmos disso.”

“Ela (a lei do direito autoral brasileira) deve ser discutida inclusive em lugares mais propícios, como a casa legislativa.”

"Isso demanda que a gente participe, fique por dentro, porque se o cara mudar uma vírgula pode mudar o jeito que você mexe na internet."

"Um espaço que já existe em Fortaleza é o fórum de Comunicação Digital (...), um espaço para se discutir."

“Eu discordo completamente da lei Azeredo; acho que ela devia ser arquivada.”

“A S.O.P.A vê muito mais a indústria do que as pessoas.”

“Querer desligar a internet porque um cara infringiu a lei do direito autoral não faz muito sentido.”

“Tem muita coisa que não está na lei, mas que a internet já avançou.”

“O Netflix, e outros meios como esse, são uma tentativa de mudar.”

“A possibilidade de ganhar, hoje em dia, com essa tentativa, é muito maior.”

“Eu agradeço sempre, todos os dias que acordo, por o Brasil não ter patente de software.”

“Eu acho que é uma questão cultural essa coisa de 'está na rede, eu posso usar'.”

“Quem aqui conhece os termos do direito autoral? Ninguém? Nem eu, inclusive.”

“O Crioulo (rapper brasileiro) é um cara que começou divulgando seu trabalho na internet e hoje está bombando.”

“A S.O.P.A tenta defender o interesse dessa indústria antiga que não quer se adaptar. Eu sou contra.”

“Eu não sou contra a regulamentação; pelo contrário.”

“A internet só funciona porque ela é um conjunto de regras.”

Por: Helena Nogueira e Priscila Ponte

quinta-feira, 12 de abril de 2012

UMA SOPA DE INFORMACÕES

                   Neste ciberdebates, pude ter contatos com alunos de jornalismo, que assistiram o ciber e puderam ter uma visão clara de um tema muito repercutido. Tanto na internet, como em outros meios, conversei com Bruna Salmito, aluno do sexto semestre de jornalismo na Unifor.E ela achou bacana, essa abordagem de um tema tão atual e muito pouco discutido dentro da sala de aula. Ela diz" que a  sopa é uma tema que é uma junção de muitos assuntos interessantes veiculadas na internet, e uma variação que vemos tanto em redes sociais também". Numa sopa de informações que, é o titulo do ciberdebates também foi comentado como é o direitos autorais que  move ações nas midias.
                        Também falou-se de videos veiculados na internet e que depois passaram a ser proibido, como o vídeo que foi citado no youtube, da modelo  Daniela Cicarelli e foi bloqueado para que as pessoas não pudessem ver. Para Patricia Holanda aluna de jornalismo da Unifor, ela diz" que a discussão do debate foi bastante proveitosa por falar de assuntos atuais como o plagio e pirataria.Os debatedores  estavam bem por dentro dos assuntos discutidos e a platéia fez perguntas legais e interessantes".
                             

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Alunos que assistiram ao último Ciberdebate opinam sobre o evento

Com o propósito de medir a opinião do público que compareceu ao último Ciberdebate, foram colhidos da "sopa de provocações" alguns depoimentos entre alunos da Unifor. As principais perguntas foram dirigidas sobre o que os motivou a participar do evento, quais foram suas impressões sobre o debate em si e como examinam a evolução da organização por parte dos alunos da disciplina de Oficina em Jornalismo.

Ahynssa Thamir, aluna do curso de Jornalismo do 3º semestre, gostou bastante do evento porque considera o tema polêmico e presente no seu cotidiano. "No Desencontro 2012, esse assunto foi também tema de um painel, mas eu me senti muito mais esclarecida no evento de hoje." Para ela, que até levou o namorado, estudante de Mecatrônica, o contato profissional com a sala de aula é fundamental.

No entanto, a aluna do 6º semestre de Jornalismo, Clara Magalhães Ribeiro, sentiu falta de foco entre os palestrantes. "Achei que os debatedores ficaram muito focados na questão de compartilhamento de arquivos. Explicaram pouco sobre o S.O.P.A. e o P.I.P.A." Em relação à organização do evento, ressalva: "Adorei os vídeos e os artigos que foram compartilhados pelo Facebook".

O aluno do 3º semestre de Jornalismo, Otelino Filho Braga já analisa que "o Ciberdebate foi muito produtivo porque eu particularmente desconhecia sobre o assunto e com a realização do evento tive a oportunidade de não só entender, como também me questionar a respeito do tema." Para ele, que também compareceu ao primeiro Ciberdebate do semestre, atribui o aumento da qualidade do encontro devido à escolha de temas interessantes. "O evento possui uma importância gigante na minha formação, pois é com ele que me aproximo cada vez mais da realidade do meio jornalístico."

Sabrina Coriolano, aluna do mesmo semestre, confessa que gostou do tema, mas contrapõe: "Esperava que fosse tomada uma posição por parte do advogado, Glaydson Lima. Achei que ficou confuso. Gostei mais do Uirá Porã, pois ele defendeu o seu lado de interesse."

Marcelo Marinho, aluno do 6º semestre também de Jornalismo, apresentou uma motivação especial: esteve presente no evento porque estava curioso para conhecer a abordagem de Uirá Purã por sua fama de ser militante do software livre. Marcelo fez um curso técnico em informática para que pudesse concertar o próprio computador e embora também tenha achado que o tenha faltado aprofundamento no tema, acredita que seja por causa do próprio formato do Ciberdebate. "Quinze minutos é algo reduzido para uma fala inicial", critica.

E para quem já organizou um Ciberdebate antes, como a aluna do 7º semestre, Bruna Feijó, a comoção é grande. "Foi um trabalho de equipe muito bem feito, tanto na divulgação, quanto na apresentação. Achei lindo ver a equipe toda uniformizada", conta.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Uma SOPA de provocações

Da esquerda para direita: Uirá Porã, Emílio Moreno e Glaydson Lima. Foto: Camila Marcelo
A segunda edição, deste ano, do Ciberdebates trouxe como prato principal a discussão "Censura na internet? Quem vai tomar essa S.O.P.A?" Os convidados presentes à mesa foram Emílio Moreno (Jornalista), Glaydson Lima (Advogado e analista de sistemas) e Uirá Porã (Secretário Executivo da Fortaleza Digital e Criativa). Aparentemente, houve uma sintonia de pensamentos entre os 230 presentes no Teatro Celina Queiroz. No entanto, isso não impediu que o microfone não parasse de circular e o debate rolasse até o último minuto desta manhã de terça-feira.

A proposta do debate, inicialmente, era abordar apenas os projetos de lei norte-americanos contra a pirataria (SOPA e PIPA) que, embora já arquivados por tempo indeterminado, ainda gera um questionamento nacional se é cabível fazer uma fiscalização rígida dos veículos da internet e bloqueá-los caso haja  infração de direito autoral. Porém, o cardápio foi ficando mais recheado de inquietações e muitas, mas muitas perguntas.


História curta, porém corrida

O meio virtual, historicamente falando, é recente no Brasil e no mundo, porém as transformações sofridas em sua tecnologia dão passos de gigantes e as leis não acompanham essas mudanças. 
"A nossa legislação brasileira foi criada numa época sem pensar praticamente na internet. Para você ter uma ideia, existe na lei de direitos autorais que só se pode fazer cópia de uma porção de sua mídia. Ou seja, de um CD, você poderia copiar duas ou três músicas sem violar nenhum direito. Hoje, você pode comprar uma música só, mas a lei não permite que você compre uma música, baixe para o seu computador e coloque no seu Ipode", exalta-se Glaydson.
Para ele, o sistema é muito rígido e baseia-se em conceitos passados. Muitos pagam até mesmo mais caro baixando músicas individuais em um site, do que comprando o CD inteiro em uma loja. "Eu acho que a indústria está insistindo num modelo antigo e não vê a oportunidade, um outro modelo de negócio, aproveitando a tecnologia que tem. Tem gente ficando muito rica vendendo joguinho por US$1,00", completa.


Além disso, há o questionamento se essa lei de proteção realmente protege os interesses dos artistas. Será que está atualizada, será que se adequa? Na verdade, segundo Uirá Porã, há um medo do novo e se ele irá quebrar as vantagens vividas e conhecidas atualmente. "O Ronaldo Lemos uma vez falou que, no geral, sempre que a indústria cria uma nova tecnologia, a indústria do conhecimento tenta barrar em função dos seus lucros. Então, quando surgiu a fita cassete, obviamente quiseram parar e proibir porque acharam um absurdo e disseram que iam parar de vender filme e ninguém mais ia ao cinema. Três anos depois, ela estava ganhando três vezes mais dinheiro com fita cassete do que jamais ganhou", contextualiza.

O argumento também que o compartilhamento de obras, dito como pirataria, gera milhares de prejuízos à indústria cultural e pode causar a falência do sistema também foi posta em dúvida entre os palestrantes. "Pirataria não existe. Dizem que a cada pessoa que baixou uma música simplesmente seria uma música a menos que se venderia, como se necessariamente ao baixar eu estaria comprando, o que é um conceito errado, porque eu posso baixar para ver e saber como é, para eventualmente comprar", instiga Uirá Porã.

Foto: Waleska Santiago
Além de discordar do conceito usado nos projetos de lei, o Secretário acredita que o meio de veiculação não deveria ser responsável pela ação dos seus frequentadores, mesmo o mau uso seja a situação mais recente. O Megaupload, por exemplo, era banco de dados e divulgação de muitos usuários. No entanto, o site foi bloqueado, prejudicando aqueles que usavam com outras finalidades. Fazer isso, segundo Uirá, é como condenar a operadora de telefone por um dos seus clientes ter assaltado um banco e telefonar para o comparsa para ele buscá-lo.
"Tirar a internet porque um cara cometeu uma infração de direito autoral não faz muito sentido, não é o caminho. Inclusive, preocupa e gasta-se mais com recursos jurídicos para combater a quebra dos direitos e garanti-los, do que pensar em novos modelos de negócio que possam explorar muito mais recursos do que esses R$0,40 de músicas que as músicas baixadas representam de prejuízo", completa.

Na verdade, a sugestão seria usar em benefício próprio a tecnologia existente ou criar uma nova mais eficiente que pudesse filtrar de maneira mais satisfatória os conteúdos da internet. Vale ressaltar que isso não seria censura, como muitos confundem, e sim uma regulação. Afinal, a rede é livre, mas não deve estar isenta de limites e fiscalização, como qualquer conduta feita por um cidadão.

Para melhor administrar essa situação, entrou-se em pauta que o projeto de lei nomeado marco civil era o mais adequado para elucidar as questões envolvidas com o meio digital, deixando de lado o texto considerado desatualizado da lei 9610/98, que aborda o direito autoral. "É importante, sim, que exista um ato regulatório que trate diretamente e especificamente da internet. A gente tem que acabar com esse discurso que a lei vai ferir os direitos ou vai seciar a liberdade de expressão. Não é bem assim", enfatiza o jornalista Emílio.