terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ativismo virtual é tema do primeiro Ciberdebates.

Os alunos da disciplina de Oficina em Jornalismo promoveram o primeiro Ciberdebates do semestre no Teatro Celina Queiroz na última quinta feira. O tema do encontro foi o ciberativismo, ou seja, a capacidade de mobilização coletiva através das redes sociais. Para o debate, foram convidadas três palestrantes: Alessandra Oliveira, mestre em educação, Patrícia Vieira, diretora da União Protetora dos Animais (Upac), e Júlia Lopes, jornalista e idealizadora do Movimento Fortaleza Tranquila.

Alessandra Oliveira deu início à discussão fazendo algumas observações de âmbito teórico. Parafraseando o sociólogo francês Michel Maffesoli, a professora afirma que há uma tendência à ampliação do espaço coletivo na sociedade pós-moderna. "Muitos teóricos insistem que nós estamos vivendo numa sociedade individualista e não conseguem perceber o que de fato acontece, nunca estivemos tão interessados em fazer parte de grupos ou tribos", informa.

Foto: Rafael Meyer
Patrícia Vieira continuou o debate falando um pouco mais sobre o uso da internet pela Upac, uma associação sem fins lucrativos que incentiva a adoção de animais carentes. "Nós temos uma página na plataforma wordpress, que é o nosso principal meio de comunicação, um canal no YouTube, um twitter e um perfil no Facebook. Usamos as redes sociais para divulgar as nossas ações e promover campanhas de conscientização", explica Patrícia.

Júlia Lopes foi a última convidada a falar sobre assunto. A jornalista reforçou a importância do ciberativismo para as manifestações sociais, mas ressaltou a necessidade do envolvimento presencial para transformar a realidade. "Nós temos uma dificuldade de reunir as pessoas para iniciar efetivamente uma manifestação, elas precisam sair das redes e comparecer aos encontros. Nossa última tentativa era de organizar uma manifestação contra os carros de som das eleições. Há duas semanas, havia mais de seiscentas reclamações no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) devido às poluições sonora e visual. Esse protesto ainda não aconteceu  porque as pessoas não saem de seus lugares, limitam-se somente a curtir", disse.


Link da página: http://ciberdebatesunifor.blogspot.com.br/2012/10/ciberativismo.html

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