quinta-feira, 2 de junho de 2011

Jornalismo na palma da mão

O debate sobre Jornalismo Móvel encerrou o ciclo de palestras do 2º Ciberdebates, evento organizado pelos alunos da disciplina de Oficina em Jornalismo da Universidade de Fortaleza (Unifor). Para discutir o assunto, estiveram no Auditório da Biblioteca da Universidade o analista de sistema e negócios do Sistema Verdes Mares de Comunicação, Rodrigo Coifman, a editora de projetos especiais para O Povo Online, Marília Cordeiro, e o professor de computação da Unifor Vasco Furtado. A mediação foi de Luis Domingues.
 

Da direita para a esquerda: Luis Domingues, Marília Cordeiro, Rodrigo Coifman e Vasco Furtado (foto: Filipe Dias

O evento acabou tendo problemas de transmissão através do site Justin.tv, devido a uma queda de internet no Campus da Unifor por conta das obras do Centro de Eventos. Porém, a equipe de alunos que estava responsável pelo evento registrou as participações dos palestrantres em câmeras digitais, que serão divulgadas no canal do Ciberdebates no YouTube.
A forte chuva que caía no dia provocou o atraso de um dos palestrantes, mas isso não prejudicou o andamento do evento. Rodrigo Coifman, o primeiro a se apresentar, comentou que as matérias, atualmente, estão sendo feitas com a colaboração do leitor/telespectador/ouvinte e, quando isso não acontece, as informações ficam em uma via de mão única.
Coifman declarou ainda que o país em que nós vivemos tem muitas pessoas pobres, mas que os profissionais da comunicação não podem esquecer que também existe uma camada população que está emergindo. “Por isso, os comunicadores não se assustem se todos os brasileiros tiverem acesso a internet”.
O professor Vasco Furtado explicou como funcionam os mapas colaborativos - ele criou um mapa, o Wikicrimes, que mapeia as zonas mais perigosas de todo o mundo -,  e também da pesquisa de notícias e fontes através da Web. Ele também destacou que o maior desafio para o profissional da computação e da comunicação é a questão da credibilidade. “Muitas das vezes não sabemos o que recebemos se é verdade ou não. No Wikicrimes, nós fizemos cálculos das informações e, com base nisso, sabíamos quando uma informação era verdadeira. Assim criamos a reputação do mapa da criminalidade. Também pedíamos para todas as pessoas confirmarem as informações que nos mandavam”.
Marília Cordeiro declarou que todas as ações do O Povo Online foram feitas por meio de diálogos com os técnicos de computação. Ela declarou ainda que os tablets são considerados pelas empresas como "os jornais do futuro". Comentou ainda que, no Brasil, já existem jornais que estão disponíveis apenas para iPad e que o microblog Twitter funciona como uma empacotamento das notícias. “O Twitter faz com que a redação fique integrada, não apenas com os jornalistas, mas com os leitores também. E isso tem que ser usado estrategicamente”. 

O professor de computação da Unifor, Vasco Furtado (foto: Filipe Dias)
 A palestra foi de grande importância para os estudantes de jornalismo que a acompanharam. É o que afirma Wolney Batista, que cursa o sexto semestre. "É essencial para o jornalista contemporâneo se adequar às novas plataformas de comunicação. Pelo que os palestrantes falaram, ficou mais clara a importância do jornalista estar sempre se renovando e se atualizando com as novas mídias", completa.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário