sexta-feira, 29 de abril de 2011

SER MULTIMÍDIA É UM PRÉ-REQUISITO FUNDAMENTAL

Na última terça-feira (26), os alunos da disciplina de Oficina em Jornalismo, da Unifor, realizaram a segunda edição do Ciberdebates, cujo tema, Jornalismo Multimídia, visava discutir as tendências das novas tecnologias e habilidades do comunicador multitarefas e multilinguagens.
Durante o debate, os jornalistas Marcelo Bloc, editor do portal Verdes Mares, Beto Almeida, editor do portal CNEWS, e Erivaldo Carvalho, editor do portal O POVO, destacaram os desafios que os profissionais da comunicação estão tendo que enfrentar para adaptar-se às exigências da web e unir o conteúdo jornalístico às características do mundo digital. "Hoje em dia, os repórteres saem pra pauta, levando celulares e fazem vídeos, fotos, que servem tanto pro conteúdo online como impresso. Então têm que se adequar a essa instantaneidade e multimidialidade, e o grande desafio é trazer cada vez mais informações pro internauta, que tá mais exigente", pontuou Marcelo Bloc.

Apesar de aparecerem cada vez mais vagas nesta área, para os debatedores, há uma carência de pessoas minimamente qualificadas para atuar como webjornalistas. Segundo Marcelo, é fundamental entender as diferenças da escrita para cada meio. "Às vezes a pessoa até escreve bem, mas se tiver pouco contato com a internet, pode perder chances no mercado de trabalho", afirma. Compactuando com a mesma opinião, Beto Almeida acrescentou que um bom jornalista deve estar preparado para atuar em qualquer plataforma. "O que vai diferenciar é a sua capacidade de gerar conteúdo, de interpretar notícias e colocar essas informaçães da forma mais qualificada possível e clara pro seu leitor, pro seu ouvinte, pro seu telespectador."

Uma das tendências do webjornalista é trabalhar em tempo real, mas é algo que requer um preparo ainda maior, alerta Erivaldo Carvalho. "A mídia eletrônica peca muito com a pressa pra levar a notícia ao ar, e aí, corremos o risco de ser superficiais naquilo que estamos tentando transmitir." Quando questionados se essas novas ferramentas não acomodariam o jornalista na hora da checagem e apuração da notícia, Erivaldo defendeu: "Não tenho nenhuma restrição ao chamado ‘jornalismo sentado’. É altamente legítimo buscar informações nas novas mídias, e ainda por cima, facilitam o nosso trabalho. Por outro lado, é preciso estabelecer um vínculo mais próximo com o fazer jornalístico. Não dá pra se apaixonar nem amar algo que não conhecemos de perto."

Mesmo diante de tantas facilidades e mobilidades que as novas mídias dispõem atualmente ao jornalista, todos concordam que o princípio básico do exercício da profissão será sempre a apuração séria dos fatos.

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