terça-feira, 25 de outubro de 2011

“As novidades dizem respeito à tecnologia, mas a essência do jornalismo não mudou, somos contadores de histórias”, Jocélio Leal


Futebol, movimentação da economia cearense e a Internet como ferramenta essencial para facilitar a cobertura da imprensa. Essas características fizeram parte do conteúdo do 3° Ciberdebates do semestre que teve como tema: “Copa de 2014: os desafios de uma cobertura online”. Para compor a mesa, foram convidados: Ferruccio Feitosa, secretário especial da Copa, Jócelio Leal, jornalista, colunista e professor da Universidade de Fortaleza e Ívila Bessa, editora-chefe de Web do Sistema Verdes Mares.

Jocélio Leal explicou que a Internet é uma novidade, mas o jornalista não deve se deslumbrar com ela, pois sua essência é fazer jornalismo. “As características do jornalismo online são instantaneidade, interatividade, hipertextualidade, customização, multimídia... essas palavras usadas no nosso dia-a-dia são recentes. As novidades dizem respeito à tecnologia, mas a essência do jornalismo não mudou, somos contadores de histórias.” Para Leal, o jornalista de web deve estar sempre atualizado das novidades e ter contato com profissionais de T.I. “O jornalista de web deve ter diálogo com o programador, ou seja, dominar a essência e a técnica, ter interatividade com o público, pois é uma necessidade da profissão e ter sustentabilidade financeira para fazer um projeto dar certo.”

A experiência como repórter na cobertura do Mundial de Futebol em 2006, rendeu pautas bastante apuradas. “Na minha experiência de cobrir uma Copa, eu que sou repórter de Economia, fiz um projeto editorial para essa cobertura junto com o meu parceiro Fábio Campos, repórter de Política. O projeto foi aceito e nós passamos um mês cobrindo. O pessoal do esporte até hoje não entendeu porque que eles não foram. Mas a realidade é que cobrir esporte não era a demanda da redação, mas sim cobrir os entornos da cidade.”

Dedicação, leitura e atualização, são itens indispensáveis para o profissional que for fazer a cobertura da próxima Copa. “Quem for cobrir essa Copa, procure dominar as técnicas básicas dessas novas tecnologias, investir no texto, ler bons textos e acho que cobrir esporte é apostar em extremos. Esporte é algo pop, mas isso não implica em perder o rigor. Não confundir leveza e superficialidade”, adverte Jocélio Leal.
 
O professor da Unifor frisou a importância da Copa de 2014 para a geração de empregos diretos e indiretos. “A Copa de 2014 será uma oportunidade de negócios para a economia do Ceará e a redação precisa enxergar essas dimensões que um evento como esse tem. A cidade vai receber milhares de turistas do mundo todo e isso exige qualificação e investimento”, finaliza.

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