quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Para Jocélio Leal a criatividade fará a diferença na cobertura da Copa 2014



Com a experiência de quem já cobriu uma Copa do Mundo, o professor e jornalista Jocélio Leal apontou a criatividade e a amplidão de conhecimentos como os fatores que vão fazer a diferença na cobertura da Copa no Brasil. Acompanhado do secretário especial da Copa, Ferruccio Feitosa, e da editora-chefe de Web do Sistema Verdes Mares, Ívila Bessa, o professor debateu sobre a “Copa de 2014: os desafios de uma cobertura online”, no 3º Ciberdebates deste semestre.

O crescente fluxo de informações e a possibilidade da utilização em grande escala das novas ferramentas tecnológicas propiciam uma certa homogeneidade nos produtos jornalísticos. “A gente passa por um momento de overdose de informações. E por isso, as notícias chegam como um Déjà vu. Precisamos de criatividade e isso não tem fórmula”.

Tendo como parâmetro a cobertura da Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, Jocélio fez uma perspectiva para o evento de 2014. “Teremos primeiro uma mudança tecnológica, essa será a Copa do tablet, smartphone... Temos que dominar as ferramentas básicas, investir nos nosso textos, na formação como jornalista e ler crônicas, porque somos contadores de histórias. Ninguém melhor que um jornalista cearense para cobrir a Copa aqui”.

Uma Copa do Mundo vai muito além do futebol, é um evento de várias dimensões, ressaltou o jornalista. “Juntamente com o Fábio Campos, repórter de política, criamos um projeto editorial para cobrir a cidade, cultura e pessoas na Alemanha. A cobertura do futebol já era feita pelas agências de notícias e o jornal recebia. Precisávamos fazer algo diferente e até hoje isso ainda me gera algumas criticas do pessoal do esporte”, lembrou sua experiência pessoal na Alemanha.

Para o jornalista, a tecnologia é um fato do qual não se pode fugir, mas alertou para alguns cuidados. “Interatividade, instantaneidade, hipertextualidade, são componentes desse tipo de cobertura, mas a essência do jornalismo não mudou. Temos que contar histórias e contamos melhor quando a gente entende bem o que estamos cobrindo. É importante não se deslumbrar com a tecnologia”.

Jocélio comentou sobre os dilemas que o jornalista online enfrenta, são eles: o diálogo com os programadores, interatividade com o público e a sustentabilidade financeira. “Os portais estão em uma corrida alucinada por audiência e eu percebo que há pouco cuidado, principalmente, com a questão de filtrar a interatividade. A gente ainda não entendeu como lidar com isso”, disse o jornalista lembrando alguns casos de excessos cometidos nos espaços de comentários.

A próxima edição do Ciberdebates vai acontecer no dia 29 de novembro, a partir das 8h da manhã, no Auditório da Biblioteca Central da Unifor. O tema será: “Mudanças na rotina produtiva: Jornalismo de rua X Jornalismo de redação”. Compareça!









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