terça-feira, 27 de março de 2012

Manipulação de imagem no primeiro Ciberdebate (Fotografia em Pauta)

No dia 22 de março de 2012, aconteceu, no Teatro Celina Queiroz, o primeiro Ciberdebate do semestre. Promovido por uma das equipes da professora Adriana Santiago, o evento trouxe ao auditório da Universidade de Fortaleza (Unifor) três profissionais para discutir o tema Fotografia em Pauta.

De acordo com release produzido pela equipe, o primeiro Ciberdebate foi realizado para "abordar, de maneira simples e direta, o passado, presente e futuro do fotojornalismo e conseguir introduzir na conversa qualquer espectador para esse universo, seja ele profissional da área, fotógrafo amador, amante dessa arte ou apenas um curioso estudante".

De fato, os três convidados levaram temas e histórias para qualquer um desses públicos. Público, que foi surpreendentemente grande para o espaço, maior que o de costume -- o Ciberdebate geralmente é hospedado no auditório da Biblioteca. Compuseram a mesa principal do debate o professor de Fotojornalismo da Unifor, Júlio Alcântara, o editor de Fotografia do Diário do Nordeste, Eduardo Queiroz e o fotógrafo profissional e editor de imagem, Celso Oliveira.

As três autoridades da Fotografia explanaram sobre o que cada um achou mais importante. Celso Oliveira começou mostrando um ensaio fotográfico de sua autoria. O termo "autoria", inclusive, foi bastante repetido por ele, em se tratando de processo artístico e particular. Júlio Alcântara respondeu a algumas das afirmações de Celso de Oliveira e rebateu com exemplos de imagens que emocionam dizendo muito pouco ou quase tudo. Quem primeiro falou sobre edição e manipulação de imagem foi ele, que defende maior prática e uso do editor virtual mais popular, o Photoshop, dentre os profissionais da área.

Por coincidência, Eduardo Queiroz, quem seguiu com a palavra, tinha preparado um vasto e didático material para ilustrar e resumir o que caracateriza um fotojornalista e um bom editor de imagem. O editor do Diário do Nordeste também mostrou diversos exemplos de imagens de grande circulação e extremamente relevantes que receberam tratamento, algumas vezes causando defeitos tão explícitos, como retirar a presença de personagens e se esquecer de apagar os pés ou criar partes novas do corpo humano que não deveriam se repetir normalmente.

Enquanto o professor de Fotojornalismo, Júlio Alcântara, defendeu que os fotógrafos devem praticar mais a correção de fotos no sentido de melhorar as capturas para limpar objetos desnecessários ou enriquecer outros por colocá-los em posição de destaque, Eduardo Queiroz esteve a favor da ideia de que o Photoshop até pode corrigir alguns defeitos, mas a mudança de iluminação jamais poderia ser corrigida quando o fotógrafo não soube se posicionar bem ou configurar o ambiente ou a câmera para melhor resultado fotográfico.

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