quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Com o tema Jornalismo Cultural na Internet, "ainda é preciso bater perna" e valorizar a memória pessoal.



Jornalismo Cultural na Internet é o tema do primeiro Ciberdebates desse semestre 2011.2, oferecido pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR).

O debate tem Julia Lopez - repórter do O POVO, coautora e exeditora do site A Preço de Banana – que inicia dando exemplo do tema citando Fernando Rabelo (facebook) e sua prática de postar fotos, com créditos, e explicar a estória por trás de cada imagem. Ela também fala sobre não se prender ao jornalismo escrito na internet. Lembrando dos recursos de vídeo como o site Youtube. Além dos mais usados e conhecidos como o Twitter e Facebook.

Dellano Rios – editor do Caderno 3 do Diário do Norfeste - explica ainda ser um jornalista de redação, mas não importa o meio utilizado, jornalismo cultural continuará com tal título e, que o bom jornalista tem conhecimento do tema que irá falar. Vale valorizar a memória, o que a internet vem depreciando. As pessoas começam a copiar umas as outras, visto que pouco tempo após uma informação, não se sabe mais a fonte. Há muita informação distinta, mas com o mesmo conteúdo. E que fique claro, quando Dellano Rios fala de memória, ele quer dizer a pessoal. Na internet, ao escrever sobre algo, fica armazenado. O jornalista precisa lembrar até das referências, exemplo do novo filme Planeta dos Macacos que tem a mesma estória do quarto filme da série antiga, mas que é ruim e pouco comentado.

Também é argumentado que jornalista não é o cara que somente se expressa, mas também ouve os outros. Saber as várias versões sobre um mesmo assunto é a parte ‘chata’ que a maioria das pessoas que se limitam à internet para conseguir informações não procura fazer. Dellano fala de que ainda é preciso bater perna.

Praticamente confrontado por Dellano, Diego Benevides lembra que há prós e contras no uso da internet. Membro do portal Cinema com Rapadura e que supervisiona a coluna semanal do portal Zoeira, do Diário do Nordeste. O portal é um site que fala de cinema e cultura como um todo. São 7 anos de fundação que trabalha também com impresso. O portal é um dos principais do Brasil, sendo mais valorizado fora do Ceará.

Para quem desejar fazer um blog, faça, mas saiba mantê-lo. Selecione o que vai ser mostrado e, ao passar o conteúdo, filtre o que vai escrever. Não é qualquer assunto que interessa ao leitor e mesmo os que chamam atenção, devem ser trabalhados. Mesmo sendo internet, pode ser preciso ir à rua e conseguir as informações necessárias.

Discute-se muito sobre a falta de crítica no jornal e a internet preenche esse vazio, lembra Julia. E discordando de Dellano, o jornal pode dar espaço para a cultura, sendo assim, estimulando os leitores. É preciso saber procurar e selecionar as informações. O ‘oráculo’ Google tem tudo e não tem tudo, mas há formas de procurar, garante Julia. Lembrando que a internet é aberta, pública e densa.

A participação dos alunos, professores e pessoas que se interessam pelo assunto e, que mesmo não fazendo parte do grupo de funcionários ou estudantes da UNIFOR compareceram, foi percebida por conta do auditório lotado e as perguntas via redes sociais. Há espera pelo próximo @ciberdebates que já está programado para o dia 27 de setembro e que, como o primeiro indica, será tão bom quanto.


Um comentário:

  1. seu texto tem que passar pelo bloco de notas, pois a tipologia está desconfigurada. Fique atenta, porque este procedimento, desabilitará os links. O título tem ponto e não precisa. Você precisa refazer o lead, para não chocar informação e chamar a atenção do leitor. O tempo verbal tem que ser padronizado.

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