quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Primeiro Ciberdebates de 2011.2 começa com auditório lotado

Imagine 200 pessoas no auditório da biblioteca da Universidade de Fortaleza (Unifor)? Foi exatamente isso que aconteceu no Ciberdebates que tinha como tema o "Jornalismo Cultural na Internet: Possibilidades".

Antes de a palestra começar, muitas pessoas não tinham domínio sobre o tema e foram à palestra, na verdade, para aprender como funciona todo esse universo da Internet e como a cultura se incluiu nele. A platéia estava à vontade para tirar suas dúvidas utilizando o microfone ou mandando as perguntas pelo twitter e facebook.






Diego Benevides, fundador do site “Cinema com rapadura”, Dellano Rios, editor do Caderno 3 (Diário do nordeste) e Júlia Lopes, repórter do caderno Vida & Arte (O Povo), foram os palestrantes e, depois de toda a discussão, as pessoas saíram bem mais informadas, foi o que disse Marcelo Mesquita: “O debate foi bastante esclarecedor, trouxe informações das quais não tinha conhecimento”. Camila Marcelo também aprendeu muito com a palestra. "Eu já sabia que ser jornalista não está limitado aos espaços da redação ou enquanto o crachá do jornal está pendurado no pescoço. Sabia que devemos estar atentos a todo o momento para o que nos cerca e captar aquilo que há de interessante para partilhar com um público maior. Porém, na palestra, consegui ver que, além desse lado positivo da profissão ultrapassar as paredes do local de trabalho, há também a quebra da vida privada. Não podemos mais dizer opiniões particulares em redes sociais, como qualquer outro cidadão, sem ser mal interpretado. Esse peso da profissão de que temos que ouvir os dois lados e ser imparcial no trabalho nos é imposto até mesmo em conversas de bar ou via twitter. Realmente eu já tinha sentido isso, mas, pelo depoimento dos palestrantes, vi que essa realidade não era só minha e sim da categoria”.

Ana Carolina Cunha, que faz o 6º semestre em Jornalismo, achou muito interessante o ponto de vista diferente dos três debatedores em relação à cultura e à Internet, com a integração dos internautas nos sites, blogs e as suas colaborações. “O que mais me chamou atenção foi a parte que o Dellano falou da memória, por conta da rapidez da informação na Internet e os furos jornalísticos que hoje já não são tão importantes como antigamente”.

Foi exatamente o que foi debatido por Dellano, em relação ao furo de reportagem. Para ele, pioneirismo não dá pra ser narcisista, porque hoje, depois de cinco minutos, ninguém mais sabe quem deu a notícia primeiro.

Clara Magalhães também atentou para essa falta de imediatismo no furo. “Com a internet é cada vez mais difícil esconder suas fontes, tipo, se você precisa de uma informação sobre algum assunto, você entra no twitter, lança a pergunta e, em menos de dez minutos, vários seguidores te repassam a informação. É algo bem estranho”.

Para Mara Rebouças, que também faz o 6º semestre em Jornalismo, a exposição de Diego Benevides sobre os trabalhos no portal “Cinema com rapadura” e a credibilidade da página mantida na Internet apresenta um cenário profissional em que o conhecimento é fundamental. “Se eu falo sobre cinema, eu devo, necessariamente, estar bem informada sobre arte, cultura e produção audiovisual ”.

O Ciberdebates acontecerá em toda última terça-feira do mês. O próximo, dia 27 de setembro, terá como tema a Comunicação integrada e as redes sociais.

Bruna Feijó

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