quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Paulo Santiago: “Mídias sociais, no Brasil, é que nem futebol"

Paulo Santiago, da Avanz Soluções Digitais, foi um dos convidados da II Edição do Ciberdebates Unifor do semestre 2011.2, que aconteceu na última terça-feira, 27, no Auditório da Biblioteca da Unifor. Juntamente com Apolônio Aguiar, da AD2M Engenharia de Comunicação, Gabriel Ramalho, organizador do evento "Papos em Rede", e Lucas Mororó, da HDMais Comunicação Interativa, ele falou sobre "Comunicação Integrada e as Redes Sociais".

Segundo Paulo, comunicação integrada é “lançar mão de várias técnicas de comunicação baseadas no planejamento e, com isso, conseguir focar nas mídias que você vai usar, atingindo os objetivos desse planejamento”. Ele afirma que, embora o uso dessas ferramentas sejam relativamente novo, elas não são novidade para ninguém. “Mídias sociais, no Brasil, é que nem futebol: todo mundo é especialista”, brinca. “Mas elas são, basicamente, relacionamento, de uma forma não física. Eu não diria virtual, porque é bem real. É amor, namoro, amizade, engajamento... Comunicação”, simplifica.

Para ele, as mídias sociais são muito amplas e podem ser utilizadas para todo tipo de objetivo possível. “A grande sacada do profissional de comunicação, seja qual for a área dele, é entender como utilizar”, explica. “O segredo é a forma, se não você não vai conseguir engajamento. Não adianta usar o Twitter como o Facebook, e vice-versa.” Portanto, se a ferramenta não for bem aproveitada, não haverá engajamento, e o público não vai se sentir atraído.

Paulo apresentou o case da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Ele afirma que, no início, a dificuldade era ocupar o universo das mídias sociais de maneira relevante e atrativa. O primeiro passo foi criar uma conta no Twitter. Em seguida, foi criada uma página no Facebook, que gerou mais um obstáculo: "O conteúdo era uma réplica do twitter. A gente pesquisou e chegou ao início de uma solução, preenchendo o espaço de maneira mais atrativa”, conta. A partir daí, vários conteúdos foram disponibilizados para os “curtidores”, como edições da Revista Farol e vídeos.

O mais importante, conclui ele, é descobrir quais são os interesses de cada público. “Não tem nada diferente da comunicação tradicional. É só saber aplicar. Descubra os interesses, uma forma atrativa de se conectar com ele, até mesmo gerando conteúdo sobre um tema relevante pra aquele universo, de forma que você possa engajá-lo”. De acordo com ele, a tendência é que as pessoas transfiram o tempo que passam na internet para resolver tudo naquele universo que mais interessa pra ela, no espaço das mídias digitais.

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